sábado, 27 de março de 2010

The sun also rises

Nada mais digno que um moleskine que uma citação de Hemingway:


pág 41
Olhava como se nada existisse na Terra que não tivesse ousado olhar assim e, na verdde, tinha medo de tantas coisas!
- Não podemos fazer droga nenhuma a respeito? - repeti.
- Não sei - disse ela. - Não quero passar novamente por esse inferno.
- Então seria melhor que não voltássemos a nos ver.
- Não, querido, tenho necessidade de vê-lo. E isso não é tudo, você sabe.
- Sim, mas acaba sempre do mesmo modo.



Apesar de não necessitar de justificativas ou comentários, sendo um blog reservado à própria introspecção, tenho que concordar que Hemingway era mestre na sua busca implacável por diálogos verdadeiros, como ele mesmo dizia. Noventa anos depois e ainda se encaixa perfeitamente.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Do final do ano

Uma ansiedade como há muito não sentia. Aquela vontade de voltar a escrever: uma frase, foi tudo o que bastou.
E esse sentimento : uma vertigem misturada com culpa e não-sei-mais-o-quê. É certo? É possível? É provável?
Não sei. São quase onze e ainda não parei pra pensar. Até onde isso pode ir?
A dúvida novamente se abate sobre mim e a comodidade reina sobre o novo, o desconhecido.

Quando as palavras em português falham...

...passe para o francês.

Je ne suis pas trôp fort
Je ne suis pas très fort
Je ne suis pas fort

pas de tout.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Das páginas do caderno

Direto pra cá. Essa é a proposta.
Sem seguidores, apenas a introspecção das palavras. Dessa vez digitadas.
O medo das páginas ligeiramentes amareladas se perderem com o tempo. Praticamente uma modernização de Hemingway.
Uma traição do movimento do elástico e capa de couro pretos? Talvez, em parte.
Mas, de novo, com o objetivo reservado apenas da introspecção, não há o que provar e nem o que temer.

Não há nada, não há ninguém.